Tradicional centro de pesquisa em História das Ciências e da Saúde, criado em 1986, a Casa de Oswaldo Cruz também é protagonista nas áreas de pesquisa em Memória, Patrimônio Cultural e Acervos e Divulgação Científica.
Com um quadro multidisciplinar de profissionais dedicados à atividade, a Casa mantém intensa produção científica e fomenta a formação de novos pesquisadores, consolidando-se como referência nacional e internacional em suas áreas de atuação.
A atividade de pesquisa realizada no âmbito do Departamento de Pesquisa em História das Ciências e da Saúde (Depes) tem gerado uma vasta produção acadêmica, que constitui importante referência para a área no país, com expressivo reconhecimento internacional. Entre seus objetos de destaque, estão as investigações sobre diversos temas relativos à institucionalização da ciência e da saúde no país, bem como às práticas, à produção de conhecimentos e às políticas públicas que conformaram estes campos, desde o período colonial até a contemporaneidade.
Seguindo o compromisso primordial com a preservação da memória da ciência e da saúde brasileiras e os desafios da agenda contemporânea da ciência e da saúde pública, a pesquisa histórica desenvolvida na COC também tem colaborado para a captação, produção e organização de acervos documentais relativos à trajetória de importantes instituições e personagens da ciência e da saúde no Brasil.
Arquitetura, urbanismo e patrimônio cultural da saúde
Investigar a relação entre patrimônio, arquitetura, urbanismo e saúde em suas dimensões histórica e tecnológica é a principal missão do Núcleo de Estudo de Arquitetura e Urbanismo em Saúde (Neaus). O grupo se dedica ao estudo da evolução urbana e realiza investigações sobre estilos e linguagens em arquitetura, especialmente os pertencentes ao século 20. Suas linhas e projetos de pesquisa procuram refletir sobre o tema da cidade em seu contexto histórico e contemporâneo e sobre investigações que valorizem o patrimônio cultural da saúde.
Arquivologia, documentação e informação
O vínculo estreito com a prática profissional é a marca das pesquisas desenvolvidas nessa área pelos profissionais da Casa de Oswaldo Cruz. No âmbito da Arquivologia, a partir da perspectiva histórica dos conceitos de arquivo, documento, documentação, memória, patrimônio documental e patrimônio cultural, são abordados os diferentes aspectos relacionados à criação, preservação e uso do material de natureza arquivística. Destacam-se ainda os trabalhos relacionados aos arquivos pessoais de cientistas; arquivos de instituições de saúde; preservação da memória científica; pesquisa histórica, uso e divulgação de fontes documentais de arquivo.
Espaço de integração entre ciência, cultura e sociedade localizado no campus de Manguinhos, no Rio de Janeiro, o Museu da Vida Fiocruz é o local da pesquisa em Divulgação Científica da Casa de Oswaldo Cruz. Seu grupo de pesquisadores mantém diversas parcerias com outras instituições em nível internacional e nacional, com destaque para a Rede Ibero-americana de Monitoramento e Capacitação em Jornalismo Científico, composta por instituições de dez países da região; a Red de Medición de Impacto de la Popularización de la Ciencia y la Tecnología en Iberoamérica (REMIPCYT); e o Observatório de Museus e Centros Culturais.
Suas pesquisas concentram-se em duas áreas. Em Ciência, Comunicação & Sociedade, desenvolvem-se estudos sobre os aspectos históricos e contemporâneos da divulgação científica, focalizando os diferentes meios de comunicação: jornais, TV, museus e centros de ciência, teatro, cinema e música. Investiga-se ainda a percepção pública da ciência, analisando contextos nacionais e locais e tipos de públicos. Em Educação, Cultura e Saúde, destacam-se os estudos de público e de avaliação sobre o Museu da Vida Fiocruz, tanto de caráter permanente quanto pontual, bem como pesquisas que tenham interface com a educação não formal, a museologia e as ciências sociais.