Conhecido como Castelo da Fiocruz, o Pavilhão Mourisco é o tema da exposição “Castelo de Inspirações”, em cartaz no campus da Fiocruz em Manguinhos, no Rio de Janeiro, a partir da próxima quinta-feira (28/03). A mostra vai contar a história do edifício centenário, idealizado pelo sanitarista Oswaldo Cruz para se tornar um monumento à ciência e à saúde pública no Brasil, explorando os simbolismos e as curiosidades do Castelo, que completou cem anos em 2018. A exposição fica em cartaz até dezembro de 2020, com visitação gratuita de terça a sexta, das 9h às 16h30 (com agendamento prévio), e aos sábados, das 10h às 16h (visitação livre), na Sala 307 do Castelo da Fiocruz (Av. Brasil, 4365 – Manguinhos – Rio de Janeiro). Para mais informações sobre agendamento, clique aqui.
“O fato de a exposição estar abrigada no próprio Castelo da Fiocruz proporciona ao visitante a experiência de conhecer a história do edifício enquanto tem contato real com esse espaço centenário e vivo”, destaca Rita Alcântara, coordenadora executiva e uma das curadoras da exposição. “O público poderá contemplar a beleza de seus ornamentos, a arquitetura em estilo neomourisco, os azulejos portugueses e os mosaicos coloridos inspirados em tapeçaria árabe, por exemplo”, completou Rita.
Composta por módulos temáticos sobre arte e ciência, memória e história, matemática e os personagens que se relacionam com o Castelo, a exposição leva o público a uma viagem ao passado, destaca a beleza dos detalhes da construção e coloca em cena as pessoas que fazem com que o edifício continue vivo e dinâmico.
No túnel do tempo, uma viagem à história do Castelo
No início da exposição, há um Túnel do Tempo com um filme que remete à estética do cinema mudo e convida o visitante a percorrer o Rio de Janeiro do início do século 20. Em seguida, no módulo histórico, é possível conferir o encontro de Oswaldo Cruz com o arquiteto Luiz Moraes Júnior, responsável pelo projeto do Castelo, e o processo de construção do edifício. Para tornar a experiência ainda mais real, itens históricos que pertenceram a Oswaldo Cruz, como o telefone, a chave mestra que o cientista usava para abrir todas as salas do Castelo, o microscópio e a lupa poderão ser vistos de perto.
“A exposição vai apresentar o que há de peculiar no Castelo, buscando destacar o seu sentido: um local para produção de pesquisas e insumos derivados do campo da medicina experimental, que foi idealizado também como um marco, um monumento, para a ciência brasileira”, revela Bruno Mussa, historiador da COC e curador da exposição.
Um Castelo de encher os olhos
Já os encaixes perfeitos, as repetições geométricas e a riqueza de detalhes fazem o público mergulhar no mundo dos formatos e cores do Castelo, mostrando como a matemática está presente na construção do edifício. Recheada de pequenos desafios, como jogos eletrônicos e interativos, que permitem construir formas geométricas e criar ornamentos inspirados no monumento, a mostra permite ao visitante soltar a imaginação e aprender brincando. Quebra-cabeça, jogo dos sete erros e brincadeiras com o uso de espelhos garantem a diversão.
“A abordagem instiga o visitante a manipular peças que compõem as próprias formas do Castelo, permitindo que conceitos geométricos sejam apresentados”, explica Rogério Fernandes, coordenador executivo e curador da exposição.
O módulo destaca as escolhas estilísticas do prédio para discutir a associação entre arte e ciência, em especial a matemática. “As atividades vão explorar as ideias de regularidade, repetição, infinito e transformações de simetria para mostrar como a matemática está presente na construção do Castelo”, diz Paulo Henrique Colonese, curador da exposição, acrescentando que o módulo dará continuidade ao Biênio da Matemática (2017-2018), que celebrou a matemática no Brasil.
O Castelo e eu
Na última seção da exposição – O Castelo e eu – a intenção é dar destaque aos personagens que escreverão os próximos 100 anos da história do Castelo: visitantes, trabalhadores que atuam na sua conservação, mediadores, professores, pesquisadores e todas as pessoas que, de alguma forma, se relacionam com ele.
Um painel e um caleidoscópio inspirados nas cores e formas do Castelo, concebido pelo artista Rodney Wilbert, fazem a releitura de uma das torres do edifício. Com muitas luzes, sombras e transparências, o público pode interagir e registrar o momento tirando fotos para postar nas redes sociais.
“Além de convidar o visitante a refletir sobre o que este lugar tem a ver com ele, este módulo vai mostrar os olhares e opiniões do público sobre o Castelo, e como a visita está sendo registrada em sua história centenária”, ressalta Rogério Fernandes, coordenador executivo e curador da mostra.
No espaço, o público vai conferir ainda uma produção audiovisual sobre os 100 anos do Castelo concebida pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), além de um vídeo com depoimentos e imagens de pessoas que trabalham no local ou se relacionam com ele no seu dia a dia.
SERVIÇO:
Exposição Castelo de Inspirações
Datas e horários de visitação: de terça a sexta, das 9h às 16h30, e aos sábados, das 10h às 16h, até dezembro de 2020
Local: Sala 307 do Castelo da Fiocruz (Av. Brasil, 4365 – Manguinhos, Rio de Janeiro) Informações e agendamento: (21) 2590-6747 | recepcaomv@coc.fiocruz.br