Os presidentes da Fiocruz, Paulo Gadelha, e do BNDES, Luciano Coutinho, assinaram o acordo em evento no Castelo. Foto: Peter Ilicciev. |
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) firmou nesta quarta-feira (17/12) um contrato de apoio financeiro de R$ 5 milhões com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a implementação do Preservo, projeto de preservação e difusão dos acervos culturais e científicos da instituição. A cerimônia, realizada na Biblioteca de Obras Raras do Castelo da Fiocruz, teve a presença do presidente da Fundação, Paulo Gadelha, e do banco de fomento, Luciano Coutinho.
“A questão da memória e da preservação dos acervos é constitutiva do projeto de desenvolvimento institucional da Fiocruz, e o BNDES está nos dando grande ajuda nesse sentido”, declarou Gadelha na cerimônia. Os recursos concedidos serão utilizados para a construção da infraestrutura e a aquisição de tecnologias que garantam a guarda e o acesso público ao patrimônio da instituição.
No evento, Coutinho também destacou a importância do projeto para a preservação dos acervos da Fiocruz e para a construção de novos saberes. ”Preservar a memória é uma das missões mais nobres para o avanço do conhecimento. A ciência não avança sem aprendizado, e aprendizado não se faz sem memória”, afirmou o presidente do BNDES. “A conexão entre essas memórias [da Fiocruz] produz uma agenda museológica de alta qualidade. Essa instituição tem a capacidade de compartilhar isso com a sociedade”, complementou.
Coordenador geral do Preservo, o vice-diretor de Informação e Patrimônio Cultural da Casa de Oswaldo Cruz (COC), Marcos José de Araujo Pinheiro, apresentou detalhes sobre o projeto, que prevê a digitalização de parte do acervo e a criação de catálogos virtuais que serão disponibilizados para a comunidade científica e a sociedade, entre outras iniciativas.
“O Preservo se integra aos esforços nacionais realizados nos últimos anos para a preservação do patrimônio científico e cultural brasileiro, que abrange tanto os acervos que registram as atividades científicas, quanto os arquivos que são fontes de pesquisa para as ciências humanas, biológicas e sociais”, disse. O projeto é resultado de parceria entre três unidades da Fiocruz: a COC, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC) e o Instituto de Comunicação e Informação Tecnológica em Saúde (Icict). Os recursos serão geridos pela Fundação para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico em Saúde (Fiotec).
O patrimônio da Fiocruz contemplado pelo projeto inclui os acervos arquivístico (documentos textuais, iconográficos, cartográficos, micrográficos, sonoros, filmográficos e tridimensionais); arquitetônico (o núcleo histórico de Manguinhos, que inclui o Castelo da Fiocruz), bibliográfico (livros, periódicos científicos, folhetos, dissertações e teses); biológico (biotérios, biotecas, centros de experimentação animal e as coleções biológicas) e museológico (equipamentos de laboratório, instrumentos médicos, mobiliário, indumentária e uma pinacoteca).
Leia mais sobre o Preservo: Complexo de Acervos da Fiocruz.