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Fiocruz e Inca destacam importância de novas parcerias

22 jun/2010

Durante a abertura da exposição “Propagandas de cigarros: como a indústria do fumo enganou as pessoas”, e do lançamento do novo número temático da revista História, Ciências, Saúde: Manguinhos dedicado à história do câncer, no castelo de Manguinhos, representantes da Fiocruz e do Inca destacaram a importância de concretizar projetos conjuntos.

Valcler Rangel Fernandes, vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz, Nara Azevedo, diretora da Casa de Oswaldo Cruz, e Tânia Cavalcanti,  responsável pelo Programa Nacional de Controle do Tabagismo do Inca ressaltaram o valor de ações como o dessa mostra. “Precisamos intensificar associações em atividades educativas para crianças e jovens e, juntos, promover a divulgação científica”, destacou Nara Azevedo.

Tânia Cavalcanti, representante do Inca, lembrou uma frase de Gro Brutland, diretora geral da OMS, de que “fumar é uma doença transmissível”, acentuando “a importância de trabalharmos juntos para combater o negócio do tabaco e, assim, impedir a morte de muita gente”. Apenas no Brasil, o numero de óbitos pela doença chega a 200 mil/ano, segundo a profissional.

  
Além de artigos históricos sobre o combate à doença e a evolução dos conhecimentos neste campo, a edição da revista que teve lançamento durante a exposição, intitulada “Câncer no século 20: ciência, saúde e sociedade” reproduz dados impressionantes sobre a doença.

 

No texto em que apresenta as estimativas para o Brasil em 2010, o diretor geral do Instituto Nacional do Câncer Luiz Antonio Santini destaca que, a expectativa é de que ocorram 489.270 casos novos. Desde 2003, a doença é a segunda causa de mortes no país, alcançando índices de quase 17%. Perde apenas para as cardiovasculares.

 

Em âmbito global, as taxas de mortalidade também assustam: o World Cancer Report de 2008, relatório da Agência Internacional para Pesquisa sobre o Câncer da Organização Mundial de Saúde (IARC/OMS), registra que nos últimos 30 anos os índices de incidência da doença mais do que duplicaram.

A estimativa da IARC naquele ano era a de que seriam contabilizados algo em torno de 12,4 milhões de casos novos de câncer e a doença provocaria aproximadamente 7,6 milhões de óbitos.

Os Estados Unidos registram, entre 1950 e 2005, queda de 64% nas taxas de mortalidade provocadas por doenças cardiovasculares, de 58% por gripe e pneumonia de 58% e apenas 5% de câncer.

 

No que diz respeito à prevenção, os avanços ainda são lentos, ressalta a representante do Inca. “Apenas algumas coisas, como parar de fumar, por exemplo, fazem diferença”. Daí a importância de programas e a legislação antitabagistas como os nossos.

 

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