Os desafios e as estratégias na gestão de mídias sociais de museus de ciência foram pauta de mais uma edição do Seminário do Curso de Especialização em Divulgação e Popularização da Ciência da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), realizado no Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS), em Manguinhos (RJ), no último dia 27. Com o tema ‘Imagem, mídias sociais e processos de divulgação da ciência’, o evento contou com as apresentações da coordenadora do Núcleo de Mídias e Diálogo com o Público do Museu da Vida da COC, Fernanda Marques, e da pesquisadora da Seção de Assistência ao Ensino (SAE) do Museu Nacional Frieda Marti.
Jornalista de formação e assessora de comunicação da Fundação Oswaldo Cruz, Fernanda Marques contou os bastidores de seu trabalho à frente do Núcleo de Mídias a partir da hashtag #euamoummuseu. “A hashtag #euamoummuseu é um objetivo do Núcleo de Mídias. A gente adoraria que os nossos seguidores descrevessem essa relação com o Museu da Vida com #euamoummuseu. Quando você tem uma relação de amor e de afeto, você cria uma interação mais verdadeira”, disse.
A jornalista também revelou os métodos que a equipe utiliza para se comunicar com o público do Museu da Vida e provocar o diálogo sobre ciência e saúde com os seus seguidores. “Nós trabalhamos a partir de uma estética caseira, do faça você mesmo, e isso estimula o seguidor a produzir conteúdo também. É preciso estar sempre atento às tendências do momento e às reações de seu público”, explicou Fernanda Marques.
As estratégias de produção de conteúdo e mediação online com seus seguidores também foram abordadas pela pesquisadora do Museu Nacional Frieda Marti na palestra ‘Educação Museal e Cibercultura: Experiências educativas na/com as redes sociais digitais da SAE/Museu Nacional’. “A gente entende o museu como uma rede educativa plural e um espaço multireferencial de aprendizagem”, afirmou a especialista da Seção de Assistência ao Ensino (SAE) do Museu Nacional, ao discutir as relações entre a cibercultura, a educação museal e a popularização da ciência.
“Muita gente não se sente à vontade, de primeira, para conversar com o Museu Nacional. As pessoas têm receio de falar besteira, por isso nós trabalhamos para humanizar nosso espaço. Nós tentamos criar memes e situações que provoquem o interesse nos temas de ciência no Museu Nacional. Todo mundo em nossas redes pode e deve falar”, disse Frieda Marti.
O evento no Centro de Documentação e História da Saúde (CDHS) integra o ciclo de palestras Seminários em Divulgação Científica e faz parte do Curso de Especialização em Divulgação e Popularização da Ciência, uma parceria entre Museu da Vida da COC, Casa da Ciência da UFRJ, Fundação Cecierj, Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast) e Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.