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Público confere a abertura da exposição Evolução e Natureza Tropical no Museu da Vida

06 maio/2010

Em comemoração ao ano da biodiversidade, lançado oficialmente em janeiro pelas Nações Unidas, o Museu da Vida inaugurou na tarde do dia 4 de maio a exposição Evolução e Natureza Tropical, no campus da Fiocruz, levando o público presente a observar a riqueza da natureza tropical brasileira que inspirou Darwin na formulação da teoria da evolução das espécies.

“A exposição fala de biodiversidade não de forma usual. É um jeito diferente de contar a história, além de uma revigorada nas ações do Museu da Vida, que completou 10 anos em 2009”, disse a chefe do Museu da Vida Luisa Massarani na abertura do evento.

Também presente na cerimônia, um dos curadores da exposição, Ildeu de Castro Moreira, afirmou que a exposição valoriza a história da ciência brasileira e que por isso merece ser contada em outras regiões do país, sinalizando a possível itinerância da exposição a estados como o Amazonas e Pará.

 

Chefe do Museu da Vida falando ao microfone na abertura da mostra, observada pela diretora da unidade, pelo representante da Roche e pelo vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional da Fiocruz.

Luisa Massarani inaugura exposição, acompanhada de Nara Azevedo,
do representante da Roche Helio Godoi e do vice-presidente de
Gestão e Desenvolvimento Institucional da Fiocruz  Pedro Barbosa.
Foto: Roberto Jesus Oscar

 

Nara Azevedo, diretora da Casa de Oswaldo Cruz, falou da grande satisfação em selar parceria com o laboratório Roche, representado na cerimônia pelo diretor de virologia Helio Godoi. Impedido de comparecer, o presidente da Fiocruz Paulo Gadelha se fez representar pelo vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional Pedro Barbosa, que exaltou o papel da Casa de Oswaldo Cruz na missão estratégica da Fiocruz na geração e difusão do conhecimento.    

O diferencial da exposição Evolução e Natureza Tropical, segundo alguns presentes, está no cenário da natureza tropical brasileira que inspirou Darwin em suas pesquisas, além de referenciar também o trabalho de outros naturalistas europeus que vieram ao Brasil no século XIX.

Dentre eles, o cientista inglês Alfred Wallace, que passou quatro anos na Amazônia, de 1848 a 1852, coletando borboletas e que, tendo Darwin como referência, seguia os mesmos caminhos. Descobriu, por exemplo, que em uma margem do rio Negro havia uma espécie de macaco diferente da outra margem, de forma que criou a teoria de que barreiras geográficas levariam à diferenciação das espécies.

“É como se a teoria de Darwin tivesse uma dimensão no tempo e a de Wallace no espaço”, comenta Ildeu, também diretor do Departamento de Popularização e Difusão Científica do Ministério da Ciência e Tecnologia.

 

 

Retrato do naturalista inglês Wallace, de perfil, sentado, usando óculos e terno

O cientista inglês Alfred Wallace. Foto: acervo da exposição

 

A mostra traz painéis com escritos do cientista inglês, réplicas de animais e insetos, multimídias, uma miniatura do Beagle, embarcação que trouxe Darwin às terras brasileiras, e muito mais. Aborda ainda a obra do naturalista alemão Fritz Muller e do suíço americano Loius Agassiz. Fala também da relação de Darwin com os brasileiros, como os mateiros, os caçadores e os índios, importantes auxiliares nas pesquisas.

Público observa exposição no fundo da imagem. No centro, à frente, réplica de um pássaro, miniatura do navio Beagle e réplica de uma iguana.

Público observa réplicas de animais e miniatura do navio Beagle
Foto: Roberto Jesus Oscar

 

A exposição Evolução e Natureza Tropical fica aberta ao público do dia 5 de maio a 31 de julho. De terça a sexta-feira, de 9h às 16h30 e aos sábados de 10h às 16h, no campus da Fiocruz, à av. Brasil 4365, em Manguinhos.

 

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